domingo, 6 de março de 2011

História do Afoxé

Os escravos negros começaram a ser trazidos da África para o Brasil a partir de 1530 para trabalhar na lavoura, pois os índios cativos eram eficientes na extração do pau-brasil, mas não na atividade agrícola. Eles eram vendidos em escala crescente por traficantes portugueses, com lucro para ambos os lados. O preço alto do escravo africano era amortizado pelo tempo de cinco a dez anos de trabalho forçado e nos séculos XVII e XVIII, eles eram a grande massa trabalhadora da agricultura, da mineração e das atividades econômicas urbanas. Este comércio de escravos negros entre a África e o Brasil ocorreu ao longo do período colonial e até a primeira metade do século XIX.

Dominado por portugueses, espanhóis, ingleses e holandeses, o tráfico existiu desde o século XV e cresceu junto com a economia colonial no Brasil. Entre 1550 e 1850 chegaram ao país cerca de 3,5 milhões de cativos trazidos do continente africano, especialmente de Guiné, da Costa do Marfim, de Mali, do Congo, de Angola, de Moçambique e de Benin. Em 1800, cerca de 2/3 da população do país - 3 milhões de habitantes - era formada por negros e mulatos, escravos ou libertos. A inserção da população negra na sociedade se dá pelo trabalho favorecendo, dessa maneira, a convivência familiar, social e cultural. A miscigenação avança com um número cada vez maior de mulatos.

Os negros trouxeram consigo a sua própria religião candomblé e umbanda que cultua os orixás, deuses das nações africanas de língua iorubá dotados de sentimentos humanos, como ciúme e vaidade. Esta era praticada primeiramente dentro das senzalas com cantos, danças e batuques tocados ao som de atabaques (deste batuque nasceu o samba). Depois com a proibição dos senhores portugueses que consideravam o candomblé e a umbanda como feitiçaria, eles passaram a praticar sua religião em segredo dentro das matas durante a noite.

Mesmo com a perseguição da polícia o candomblé resistiu, até que na virada do século XX nasceu uma religiosidade popular em torno das irmandades fundadas pela Igreja Católica e pelos terreiros de umbanda e candomblé, que para sobreviver à perseguição, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, no chamado sincretismo religioso. Por exemplo, Iansã é associada a Santa Bárbara; Iemanjá a Nossa Senhora da Conceição, etc. As perseguições sofridas pelo candomblé prejudicam até hoje a estimativa sobre o seu número de adeptos. Parte dos que freqüentam os cerca de 20 mil terreiros espalhados pelo país ainda hoje afirma ser católica.

Segundo o IBGE, apenas 0,4% da população (cerca de 650 mil pessoas) declarava em 1991, seguir cultos afro-brasileiros, mas a Federação Nacional de Tradição e Cultura Afro-brasileira (Fenatrab) calcula que 70 milhões de pessoas, quase a metade da população do país, têm ligação com o candomblé ou com a umbanda. No Brasil, a religião cultua apenas 16 dos mais de 200 orixás existentes na África Ocidental. Uma das festas mais conhecidas do candomblé brasileiro é a de Iemanjá, orixá feminino considerado a rainha dos mares e oceanos. Durante a comemoração - que na Bahia acontece dia 2 de fevereiro e no Rio de Janeiro na noite de 31 de dezembro -, oferendas são levadas ao mar, onde, de acordo com a tradição, Iemanjá aparece envolta em espumas para recebê-las. A Lavagem do Bonfim, em Salvador (BA), é um dos exemplos da fusão religiosa entre o catolicismo e o candomblé.

O Senhor do Bonfim, homenageado no dia 11 de janeiro, é identificado como Oxalá. Os fiéis percorrem, em cortejo, um trajeto que começa no largo da Conceição e termina na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. No local é realizada a lavagem simbólica das escadarias da igreja, com água perfumada e flores. Mãe Menininha do Gantuá foi uma das principais responsáveis pela difusão do candomblé no Brasil. Sediada em Salvador na Casa Branca foi a mais famosa Mãe de Santo do país. Assim como o samba (ritmo popular brasileiro) as escolas de samba que desfilam durante o carnaval no Brasil derivam da cultura negra.

A primeira manifestação carnavalesca em forma de bloco surgiu do candomblé, com o Afoxé - grupo de ogãs (tocadores de atabaques) que eram também estivadores do cais de Salvador que se reuniam para brincar o carnaval depois de liberados pela Mãe ou Pai de Santo. Em Salvador eles saem até hoje com o nome de "Filhos de Ghandi". Aqui em São Paulo também já se tornou tradição a abertura do carnaval com o Afoxé Iyá Ominibú o primeiro afoxé presidido por uma mulher no Brasil fundado em 01 de julho de 1993.

O Afoxé abre o carnaval porque é a raiz do samba e, portanto a raiz de todas as escolas de samba do Brasil e também para manter a tradição da religião limpando a avenida dos maus fluidos e liberando os filhos de santo para brincar o carnaval. O Afoxé Iyá Ominibú em 2000 homenageou os negros e sua religião nos 500 anos de Brasil com 16 alas cada uma delas representando um orixá e trazendo como abre alas um grupo de negros representando os escravos da época da colonização. O Afoxé Iyá Ominibú, se apresentou com uma bateria de 350 integrantes e também uma ala de passo marcado de 200 meninas que pertencem ao projeto Meninos do Morumbí.

Desta forma o Afoxé continua cumprindo a sua meta social colaborando com entidades filantrópicas e do governo (como a FEBEM em 1999) na árdua tarefa de tirar os menores de idade das ruas e trabalhando durante o ano todo com esses menores.

O Afoxé também vem realizando um projeto semelhante ao dos Meninos do Morumbí no Bairro da Lapa, porém com muita dificuldade devido a falta de ajuda do governo e do município. Agora o Afoxé estendeu a sua ação social, aderindo ao projeto do governo federal “Fome Zero”, e está doando cestas básicas, frutas e legumes às famílias necessitadas e carentes. Juntos com o projeto “Ação e Cidadania”, e com a colaboração do CEASA.

Associação Cultural EGBÉ ODARA ONÃ

A Associação Cultural EGBÉ ODARA ONÃ, é uma entidade sem fins lucrativos, cujos propósitos são promover ações sociais para todas as comunidades desfavorecidas do município de Campos dos Goytacazes - RJ, sem distinção de gênero, credo, etnia ou status social, promovendo o direito e acesso à cultura, na preservação e na manutenção das manifestações afro-brasileiras.

A associação está situada em sua sede provisória na travessa Martins nº 68, Parque Aurora, Campos dos Goytacazes – RJ, CEP 28025-355. Tendo como seu representante direto o Babalorisá Edenilson Adolfo Vicente, na função de presidente juntamente com sua distinta diretoria executiva.

É objetivo da ASSOCIAÇÃO CULTURAL EGBÉ ODARA ONÃ, promover e desenvolver suas atividades nas áreas:

• Consultoria e Prestação de Serviços;
• Ações sociais;
• Religiosidade;
• Meio Ambiente;
• Gastronomia;
• Artesanato;
• Audiovisual;
• Literatura;
• Confecção e Tecelagem;
• Musicalidade;
• Expressão Corporal;
• Patrimônio Histórico-Cultural;
• Folclore;
• Teatro;
• Identidade Étnica;
• Intercâmbio Brasil-África;
• História da África e Diáspora Africana;

A Associação Cultural EGBÉ ODARA ONÃ, tem como Objetivos:

• Promover  a defesa e conservação da cultura afro-brasileira no desenvolvimento de suas atividades sem discriminação de etnia, gênero e classe;

• Defender o direito disposto no artigo 215 da Constituição Federal de 1998 que assegura que o "Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais populares, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional";

• Fortalecer a identidade cultural afro-brasileira dentro da perspectiva de combate ao racismo, construindo mecanismos de participação que reafirmem sua auto-estima e promovam sua inserção social e cidadã;

• Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, e de outros valores universais;

• Desenvolver estudos, pesquisas, projetos e eventos ligados às atividades culturais afro-brasileiras;

• Criar parcerias com entidades públicas e/ou privadas, viabilizando projetos de caráter cultural;

• Capacitar formadores e educadores populares para desenvolver atividades artístico-culturais com finalidades pedagógicas;

• Ministrar e participar de oficinas, seminários, palestras, fóruns e cursos voltados para a divulgação artístico-culturais afro-brasileiros;

• Prestar consultoria para organizações voluntárias, instituições acadêmicas, entidades comunitárias, órgãos públicos e movimento social.

Contato:
Edenilson Adolfo Vicente - PRESIDENTE
Fone: (22) 2725-5521.
(22) 9706-7060.
MSN: dofonodeleba@hotmail.com 
E-MAIL: afoxé_odara_ona@hotmail.com

Afoxé Odara Onã

O AFOXÉ ODARA ONÃ é um movimento de cunho cultural e forte instrumento de integração social, tem como objetivo maior a divulgação e manutenção  da Cultura Afro Brasileira. O Afoxé possui dentre tantas outras qualidades, uma plasticidade visual sedutora e envolvente, com a gestualidade das danças, das cantigas características africanas, seu ritmo é o Ijexá que suave e cadenciado arrasta multidões por onde passa.

Afoxé, portanto, é um bloco afro cultural que também se apresenta no período do carnaval, mas que não tem a representação de ser um bloco carnavalesco. Sua função é abrir o desfile na avenida, vindo antes das escolas de samba para “limpar e purificar” a passagem contra toda "negatividade", para que o carnaval seja próspero com paz e harmonia...

Histórico
Estudiosos das manifestações culturais e religiosas africanas, relatam que no século XIX, na cidade de Lagos - Nigéria (Africa), no mês de janeiro acontecia uma diversão, um cortejo festivo em que os participantes se vestiam, enfeitavam com adornos e máscaras esse cortejo era chamado de DAMURISHA (ou festa da Rainha), temos certeza que é a raiz dos Afoxés brasileiros, e quem sabe também do nosso carnaval.

Entre 1770 e 1850, milhões de negros yorubanos foram transportados para o Brasil na condição de escravos. Esses negros influenciaram decisivamente na formação cultural do Brasil usando os Egbe Orisà (comunidades religiosas) como foco de resistência.

Esses blocos são como tentativas de reconstituir as tradições que mantinham na África, assim como suas memórias e lembranças.

Em 1895, na cidade Salvador, se manifesta o primeiro Afoxé. Exibido publicamente no Brasil, consta o “Pândegos da Folia”, apenas sete anos após a abolição da escravatura.

Hoje existem vários afoxés conhecidos no Brasil todo, como o Ilê Aye da Bahia, Os Filhos de Gandhy da Bahia e do Rio de Janeiro, Iyá Ominibú de São Paulo, que hoje conta com mais de 10 mil integrantes, e o Egbé Omo Ijexá de Curitiba.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tenda Espírita Cabana de Oxosse


NOME DA INSTITUIÇÃO: Tenda Espírita Cabana de Oxosse
ENDEREÇO: Rua Alfredo Salgado, 120 (em frente a Pracinha do Parque Corrientes ou Pracinha dos Ciganos, como é conhecida).
CEP: 28055-110
MAPA: 04-C2
BAIRRO: Corrientes
CIDADE: Campos dos Goytacazes
UF: RJ
TELEFONE (S): (22) 27326209
PRESIDENTE: Paulo Roberto Ramos de Miranda (Robertinho de Oxosse)
DIRETOR (A): Reginelsa Francisca dos Santos (Mãe Ojuabá, Dona Regina de Oxosse) Abá e Cambone.
ENTIDADE(S): Pai João de Minas (Preto Velho, principal entidade); “ Seu “ Tupinambá (Caboclo, dono da casa), Pai Guiné, Mata Virgem Caboclo, Rei de Congo e Vovó Catarina (Pretos Velhos da casa).
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO e DIAS: 15:00 às 6:00 da manhã (segundas feiras, terças feiras e sextas feiras) e aos sábados das 21:00 hs às 6:00 da manhã.
Obs : Nas consultas particulares é cobrado o valor de R$: 60,00 (sessenta reais)
ANO DA FUNDAÇÃO: 1974
MEMBROS: 23, mas existem membros muito idosos e que nem sempre estão presentes nas sessões e nas festas.
VISITANTES: 60 (atendimento particular, média mensal) e 15 pessoas (média) nas sessões de sábado.

DATAS COMEMORATIVAS
·         13 de maio – Comemora-se o dia de Pai João de Minas , serve-se feijoada.
·         27 de setembro – Comemora-se o dia de São Cosme e São Damião são distribuídos doces, roupas, brinquedos à comunidade.
·         02 de novembro– Comemora-se o dia do Sr. Omolú (Dia de Finados), essa data geralmente é comemorada com bastante pipoca, azeite de dendê a decoração “ leva” muitas palmas brancas e amarelas.
·         31 de dezembro- Comemora-se o Dia de Iemanjá, leva-se oferendas na praia para a “ Rainha do Mar”, tais como: perfumes, espelhos, escovas, jóias, flores, etc.
·         Obs: Em anos intercalados, no dia 20 de janeiro é comemorado o dia de Oxosse, comemora-se a data com a morte (sacrificio) de um boi para “entidade”, existe também o dia de Exú, com matança (geralmente, mata-se um casal de bode e galinhas), o churrasco só é feito no dia seguinte da matança, serve-se também muito marafo (cachaça), com o sangue retirado dos animais são feitas obrigações no denominado “ quarto de barro”.

SINOPSE HISTÓRICA
Robertinho de Oxosse começou aos 7 anos de idade com visões, premonições. Foi quando Pai João de Minas “ curvou-se” nele, e explicou à sua mãe sobre o dom que seu filho possuia. Aos 11 anos era procurado para “ rezar” as pessoas e aos 18 anos abriu o próprio terreiro. Hoje tem 52 anos de idade e 45 anos de Umbanda.
Em 1974, conheceu sua esposa (Regina de Oxosse), que já era umbandista de família, eram vizinhos, casaram-se e possuem 3 filhas e 2 netas, Dona Regina é a Cambona responsável pelo terreiro. No terreiro realizam-se cerimônias de casamento de jovens umbandistas.
Entrevistada: Regina de Oxosse
Data da entrevista e fotos: 18 de novembro de 2010.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Centros Espíritas, Umbanda e Candomblé



  
Casa de Axé Omolú (Santo da saúde) UMBANDA

João Luiz dos Santos, o Pai Luiz

ENDEREÇO: Rua Jorge Henrique de Azevedo,99
      
CEP: 28055-440 MAPA: 04-C3


BAIRRO: Parque Esplanada
                
CIDADE: Campos dos Goytacazes/RJ

TELEFONE: (22) 99019149

PRESIDENTE: João Luíz dos Santos (Pai Luiz)

DIRETORES: Rodrigo Manhães, Felizardo Manhães e Cristina

ENTIDADES: Obaluaê (São Lázaro)

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: 20:00 às 23:00 horas

DIAS DE FUNCIOMENTO DAS SESSÕES: de 15 em 15 dias, todas as quintas feiras.

ANO DA FUNDAÇÃO: 1990

MEMBROS: 04

VISITANTES: 20 (filhos da casa e visitantes)

DATAS COMEMORATIVAS

• 02 de fevereiro – Comemora-se o dia de Iemanjá, levasse  oferendas , como: perfumes, flores, bijuterias (ou até mesmo jóias), maquiagens, espelhos, pentes , escovas etc.,  segundo os fiéis, trata-se de uma Entidade muito vaidosa.

• Mês de agosto (meado do mês) – Comemora-se o Orixá Omolú , com festa e comidas típicas Baianas e tal comemoração também é chamada de Opanijé (banquete do Rei).

• 27 de setembro –  Comemora-se o dia de São Cosme e São Damião, são distribuídos doces para a comunidade.

 Mês de novembro (último sábado) -  Comemora-se a festa do Caboclo Boiadeiro, com danças folclóricas, churrasco e vinho.

• 31 de dezembro – Também é comemorado o dia de Iemanjá, com todos os filhos de Santos presentes nas praias cultuando a Rainha do mar, ocasião em que diversas oferendas são lançadas ao mar pelos fiéis.


SINOPSE HISTÓRICA

Pai Luíz hoje, com 48 anos e desses, 30 são dedicados à Umbanda (embora tenha sido “feito” no Candomblé). Há 20 anos fundou a  Casa de Axé Omolú e narra que tudo começou, ainda, quando era criança, pois não dormia bem as noites. Sua mãe, uma senhora do interior (de Vila Nova, Campos dos Goytacazes), resolveu levá-lo a uma rezadeira e nessa ocasião foi descoberta sua mediunidade, através de um copo d’água.

Pai Luiz “joga” búzios e cobra R$: 40,00 a consulta e afirma ter o“ dom” da premonição e  ressalta que a “Casa” sobrevive de doações dos seus filhos de Santos. Mesmo com todas as dificuldades e preconceitos criou três filhos adotivos, filhos esses que também pertencem à Umbanda.

Curiosidades: Omolú (Santo ou Entidade da saúde, cuidador dos enfermos).

Entrevistado: João Luíz dos Santos (Pai Luíz).

Data da entrevista (visita): 25 de outubro de 2010.








ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL



NOME DA INSTITUIÇÃO: ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL (UMBANDA)

ENDEREÇO: Rua Doutor Felipe Uebe, 317

CEP: 28013-540 MAPA: 08-A4

BAIRRO: Turf Clube

CIDADE: Campos dos Goytacazes

UF: RJ

TELEFONE: (22) 27381065 ou (22) 98813537
ORIENTADORA ESPIRITUAL: Pâmela Yancurche (Nome no trabalho: Luana)
ENTIDADE: Preto Velho
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: 9:00 às 19:00 horas
DIAS DE FUNCIOMENTO DAS SESSÕES: Segunda à Sexta- feira
FUNDAÇÃO: 1988

VISITANTES: 30 pessoas (média mensal de “consultas”).

DATAS COMEMORATIVAS

• 02 de fevereiro – Comemora-se o dia de Iemanjá, levam-se agrados como perfumes, flores, bijuterias (ou até mesmo jóias), maquiagens, espelhos, pentes , escovas etc.

 23 de abril  – Comemora-se o Ogum (São Jorge). Faz-se as  “obrigações” e comemora-se servindo vários tipos de comida.


• 13 de maio –  Comemora-se o dia do Preto Velho, é comemorado com oferendas.

• 12 de outubro – Comemora-se o dia de Nossa Senhora Aparecida, é distribuído quentinhas paras as comunidades carentes e também são distribuídos doces para as crianças da região.

SINOPSE HISTÓRICA

Frequentadora da Igreja Católica, aos 8 anos de idade começou a ter pressentimentos (em relação à própria família). Aos 16 anos já “rodava no Santo “, mas só em casa. Só0 mais tarde o seu pai consentiu que ela começasse a se desenvolver publicamente (fazer consultas, rezas e Orientações Espirituais). Aos 21 anos foi “ feita” em Salvador e batizada por Ogum.

Para consultar-se é cobrado o valor de R$ 30,00, valor este, que é para “saldar” o Anjo da Guarda, com a compra de incensos, velas, flores, etc.

Observações: Em suas “consultas”, são feitas orações, banhos, defumações, jogos de cartas, Tarô e simpatias (como por exemplo: união de casais, desde que os dois tenham consentido, não basta um só querer).

Não é feito atendimento a menores de 18 anos.

Entrevistado: Pâmela Yancurche

Data da entrevista ( visita): 17 de novembro de 2010.
 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Centro Espírita São Cipriano


Nome da Instituição: Centro Espírita São Cipriano (Umbanda/Candomblé)

Endereço: R. Dr. Hugo Nunes de Carvalho, nº32
Cep: 28055-100
Bairro: Porque Corrientes (em frente à Praça da Pecuária).
Cidade: Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro.
Telefone: (22) 99328217 / (22) 98587660.
Diretor: Conselho: Normando da Silva, Edmilson Saraiva e Cássia de Oxóssi.
Entidades Principais: Maria Mulambo, Boiadeiro Julião e Pomba Gira Sara Menina.
Funcionamento: Todas às segundas-feiras das 19 às 23 horas.
Frequência: 23 membros
Observação: Quem é “feito” no Candomblé, recebe o Erê, que são os mensageiros, os Orixás da Nação, e quem é “feito” na Umbanda são crianças denominadas de ibejis.

DATAS COMEMORATIVAS

Dia 30/01 – Festa do Caboclo São Sebastião, na Umbanda. Comemora-se com feijão tropeiro, frutas e churrasco. No dia 30/01, no Candomblé, comemora-se a Festa de Oxossi. É servido jantar com creme de milho (pois o milho é o principal fruto de Oxossi) e bebidas variadas.

Dia 23/04 - Festa a Ogum (São Jorge Guerreiro) no candomblé é comemorado servindo feijoada e muita cerveja, e na Umbanda com jantar e bolo.

Dia 13/05 - Festa do Preto Velho é uma festa ligada à abolição da escravatura. Comemora-se servindo vinho tinto e feijoada. Comemora-se só na Umbanda.

24/06 - Festa do Boiadeiro: Diz a lenda que os negros, nesta data, faziam a vaquejada. Essa festa também só é comemorada na Umbanda. Servem-se churrasco e Tropicão (Farofa e torresmo).

Julho: Mês dedicado às Pombas-Giras. O mês escolhido deve-se a regência de Exu, que pode ser no mês de julho ou setembro. É servido um jantar não faltando à mesa frutas e doces variados.

Dia 27/09 – Festa de São Cosme e Damião: São distribuídos doces para a comunidade e membros do terreiro.

Dia 02/11 – Festa de Maria Mulambo, Orixá que rege o cemitério e por isso foi oferecido a ela a “data” dos mortos, quando é servido peixe frito e no ensopado, com pirão, farofa e caranguejo.

Dias 01/12 a 23/12 – Festa de encerramento, confraternização, festa oferecida a Iemanjá e Oxum - Orixás das águas.

SINOPSE HISTÓRICA

 A fundação do centro espírita São Cipriano ocorreu no ano de 1962, por Erotildes dos Santos Pimentel (in memorian), mãe de Cássia de Oxossi, que apesar da escolha da mãe na Umbanda e Candomblé, “cresceu”  na igreja católica. Um certo dia ela começou a passar mal e  dona Erotildes foi chamada para lhe prestar socorro. Logo descobriu que era um Orixá querendo a cabeça de sua filha para incorporação. Cássia foi muito arredia para aceitar sua missão, pois era da igreja. Foi então aconselhar-se com Padre Rosário que a aconselhou a aceitar sua mediunidade, pois ela teria uma missão a cumprir. Cássia de Oxossi é filha de Jorginho de Ogum, que foi quem “trabalhou” a mediunidade.

Entrevistada: Cássia de Oxossi.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Irmandade Umbandista São Cosme e Damião


Endereço: Rua 19 de abril, 80, CEP. 28.050-490
Bairro: Parque Corrientes
Cidade: Campos dos Goytacazes, RJ   
Telefone: (22) 9943.8708 (22) 2724.8394
Presidente: Creuza da hora (Mãe Pequena/cambona)
Entidade: Chefe de mesa; Vovó Cabinda de Aruanda
Funcionamento: 19h às 22h, de 15 em 15 dias. As sessões são chamadas de giras
Frequência: 17 membros


Toda 1º segunda-feira do mês, acontece o passe do Preto Velho e na última quinta-feira do mês os passes dos Caboclos.

Observação
Ajudantes: Cigana Padilha da Estrada e Malandra.
Isaura: Não é cobrada consulta, a entidade sobrevive (Materiais para nove trabalhos, e comida para festa) com doações dos membros.

DATAS COMEMORATIVAS

Dia 13/05 – Festa do Preto Velho, comemora-se servindo feijoada.
Dia 13/06 – Festa da Malandragem (Santo Antônio). Comemora-se servindo peixe, tira gosto e cachaça.
Dia 27/09 – Festa de Cosme e Damião – Comemora-se servindo doces para comunidade, principalmente os ibejis.
Dia 01 e 02/11 – Festa da Pomba Gira (Finados), arriam no terreiro um balaio de frutas e servem-se comidas variadas do dia a dia.
Dia 31/12 – Festa de Iemanjá – (A Rainha do Mar) Fazem-se oferendas nas águas do mar. São perfumes, vinhos, champanhes, flores e velas brancas...


SINOPSE HISTÓRICA 
Dona Creuza da Hora iniciou-se na Umbanda aos 14 anos. Tinha seus Orixás, mas não para serem rodantes. Seu trabalho é feito astros, porém ela não os incorpora.

A fundação da Irmandade deu-se ao fato de que sua filha Giovana e sua irmã Neusimar, na época, frequentadoras da igreja católica, filhas de Maria, apresentaram mediunidade. Foi quando o padre chamou Dona Creuza e a aconselhou a se enveredar por outros caminhos.

Já fazendo parte da Umbanda, Dona Creuza resolveu levá-las para trabalhar a Mediunidade, onde na época frequentava. Depois de alguns anos, as três resolveram criar a irmandade Umbandista São Cosme e Damião.

Hoje em dia a Neusimar, artista e pedagogoa, conhecida como Neusinha da Hora, faz atendimento às segundas-feiras, quando “recebe” a Malandra Isaura e às terças-feiras, quando recebe a Preta velha Cabinda da Guiné, enquanto Giovana faz atendimento particular às segundas e quintas-feiras, quando geralmente é “incorporada” por Maria Padilha da Estrada.

Observação: “os filhos da casa” também fazem consultas, a serem marcadas de acordo com a demanda da Irmandade. Por se tratar de uma irmandade que sobrevive de doações de seus membros, não há condições de fazer um trabalho de ajuda à comunidade, o que é um sonho de Dona Creuza da Hora.

Entrevistas: Creuza da Hora.
Colaboradora: Neusinha da Hora.